segunda-feira, 24 de novembro de 2014

O Risco de não Viver...



A vida carrega uma imensidão de pormenores que na maior parte das vezes não conseguimos observar. Ou porque estamos tristes, deprimidos, ocupados nas tarefas diárias, centrados nos nossos problemas, que deixamos escapar o que de mais belo nos é oferecido todos os dias.
De tão ricos que são têm o poder de nos transformar e aí deixam de ser simples pormenores e passam a ser a Vida.

É um risco viver sem respirar a Luz, o Amor, a serenidade, a paz, a harmonia, a ternura, o carinho.
É um risco aceitar o que temos sem nos questionar.
É um risco viver triste e depressivo…
É um risco perder a fé e a esperança…
É um risco não perdoar…
É um risco não sorrir…

A época que vivemos não é florida, a sociedade, os nossos governantes tentam escurecer a nossa alegria. Mas com a força que vive em cada um de nós, no nosso interior, no nosso coração, todos conseguimos fazer a viagem com plenitude e satisfação.
Somos seres maravilhosos, que estamos constantemente a ser postos à prova para nos tornarmos ainda mais bonitos, mais perfeitos, mais puros. Vamos aprender com os erros, com as lições que a vida nos dá. Vamos todos os dias sorrir! Sorrir para os nossos filhos, para o nosso companheiro, para os nossos vizinhos, para os nossos colegas, para um sem-abrigo, para o sol, para a lua, para uma flor, para um animal... Simplesmente sorrir, sorrir com o coração. Vamos semear Amor por todo o lado que passarmos, vamos viver sem nos arrependermos de não termos sido felizes. Esta felicidade passa também por fazer bem ao próximo, tudo o que damos recebemos, se damos amor recebemos amor, se damos rancor recebemos rancor. Esta é a Lei, a única Lei válida para a Vida... Dar e receber sem esperar nada em troca. Experimentem este sentimento, experimentem viver com esta consciência e acreditem que tudo irá fluir.
Todos temos algo que nos perturba, seja uma doença, seja a solidão, seja a falta de dinheiro, seja alguém que nos incomoda. E é precisamente nestas ocasiões que temos que reagir com serenidade, interiorizar que tudo isto acontece para nos transformar em pessoas melhores. E desta forma terminaremos a viagem sem arrependimentos, livres de emoções inferiores e em paz com a nossa prestação.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Pausar na Pausa...




Período de tempo entre dois acontecimentos...
Intervalo entre inspirar e expirar
Intervalo entre as batidas do coração
Intervalo entre engolir e voltar a mastigar
Intervalo entre chorar e secar as lágrimas
Intervalo entre a felicidade e a tristeza
Intervalo entre fazer amor e voltar a fazer
Intervalo entre a partida e a chegada
Intervalo entre ouvir e falar
Intervalo entre terminar um livro e começar um novo
Intervalo entre notas musicais
Intervalo entre uma mágoa e o perdão
Intervalo entre a doença e a cura
Intervalo entre ganhos e perdas
Intervalo entre amores físicos
Intervalo entre construir e destruir
Intervalo entre acabar e recomeçar
Intervalo entre uma separação e uma nova união
Intervalo entre o nascimento dos filhos
Intervalo entre morrer e voltar a nascer

Só não existe intervalo no verdadeiro Amor
Só não existe intervalo nas conversas com Deus
Só não existe intervalo na verdadeira Fé
Só não existe intervalo na vida Eterna

Quando conquistamos a sabedoria de saber escutar no intervalar, estamos no caminho certo porque é nessa introspeção que vamos lá chegar...

Salvemos as nossas Almas no silêncio entre as pausas da nossa Humilde Existência!

domingo, 16 de novembro de 2014

Educar o Ego




Este ego que perturba
Este ego que vai à conquista
Este ego que perdura
Que encruzilha a nossa vida
Com a certeza que é o Senhor da única verdade.
Este ego corajoso que não desiste...
Que nos leva ao sofrimento quando não saiu vitorioso.

Quando nos sentimos atacados, ele responde com ataque
Quando nos sentimos injustiçados, ele responde com injustiça
Quando nos sentimos magoados, ele responde com mágoa
Quando nos sentimos traídos, ele responde com traição


Reacções estas que nos envolvem em dor, angústia, incompreensão e tristeza e se continuarmos a alimentar esta postura vamos atrair mais do mesmo para a nossa vida...
Então que tal começarmos a educar o ego, ensinando-o a Amar, a aceitar, a perdoar e a sorrir...
Oferecer esta magnífica experiência ao nosso amigo mais íntimo leva tempo e nem sempre vamos conseguir que ele nos ouça. Mas aos poucos e com a consciência de que a Paz Interior é alcançável, vamos ser abençoados com um ego doce.
A mestria está em aplicar, na experiência de quem escolhemos ser, os mais nobres e elevados ensinamentos de Deus.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

A MAGIA DE "DEUS"


Numa das minhas muitas pesquisas acerca da nossa existência fui iluminada por esta abençoada interpretação:

“A ideia de que Deus é um gigante barbudo de pele branca sentado no céu é ridícula. Mas se, com esse conceito, você se referir a um conjunto de leis físicas que regem o Universo, então claramente existe um Deus. Só que Ele é emocionalmente frustrante: afinal, não faz muito sentido rezar para a lei da gravidade!” CARL SAGAN


Carl Sagan um astrofísico, um homem da Ciência presenteou-nos com uma das melhores definições acerca do fenómeno "Deus" que todas as religiões falam e que eu nunca senti veracidade nas suas interpretações.

Agora sim encontrei por palavras um credível testemunho de quem é Deus, olhando para Ele desta forma tudo passou a ter outro sentido... E esta passou a ser a minha receita mágica para viver cada vez melhor, mais em paz e em harmonia com tudo e todos.
É muito comum responsabilizarmos Deus quando a vida nos presenteia com situações dramáticas, perdemos automaticamente a Fé e andamos à deriva.

Mas conhecendo algumas das leis energéticas que regem o nosso Universo podemos sentir a presença de "Deus" em cada batida do nosso coração.

As vibrações de puro Amor, Luz e Força encontram-se sempre ao nosso lado só precisamos de nos aprofundar mais de como podemos fazer uso delas para nos tornarmos seres humanos cada vez melhores. Com a aprendizagem junto de um professor qualificado aprendemos a receita para eliminar do nosso sistema todos os ingredientes que não fazem parte da bela e majestosa refeição com que queremos presentear a nossa existência. A tristeza, a ansiedade, a depressão, a irritação, os vícios, o apego, o ciúme, o desespero, a inveja o medo e muitas mais características que nos vão acompanhando quase diariamente são produtos criados por nós muitas vezes sem consciência, que nos levam ao envelhecimento, à doença e a uma vida sem esperança e cheia de problemas sem resolução. Sim tudo isto é possível controlar, a transformação acontece quando soubermos como desintegrar este tipo de energias da nossa essência.

E quando aprendemos a viver com a consciência de que somos nós os próprios responsáveis por tudo o que nos acontece a magia da vida é finalmente recordada e fluiremos como a Natureza, tudo na hora certa e harmonioso como deve ser.

Semeemos Amor e Paz em todos os nossos pensamentos e acções...

Desta forma os nossos dias passam a ser alimentados com a doce sobremesa elaborada através da receita mágica que sempre esteve no livro que se encontra no nosso coração.

Já nada será como sempre foi...


E há o momento em que tudo muda, já nada mais será como sempre foi... 

O medo assalta-nos porque desprotegidos estávamos, vivíamos na inocência de que tudo é comandado por nós, pelas nossas certezas, pelos nossos sonhos.

O futuro reinava no agora, tudo era dado como certo, tudo estava planeado ao pormenor, pouco falhava. Tínhamos mais uma vez o nosso ego a criar a mais bela história de encantar e acordados sonhávamos na esplendorosa ilusão sustentada pela mentira de que tudo sabemos. Mas na verdade nada sabíamos, caminhávamos e respirávamos na inocência de que tudo é macio e de que nada de errado nos aconteceria... até que a vida nos volta a ensinar que a ilusão de que tudo é idílico é a maior catástrofe a que estamos sujeitos. E somos envolvidos na desilusão... Em vez de sangue nas veias corre veneno que corrói todo o nosso interior, sentimos o murchar dos nossos órgãos tal e qual uma tempestade que se abate sobre um lindo lugar onde tudo estava aparentemente ordenado. A beleza está agora embaciada e lá no fundo uma pequena luz ténue insiste em brilhar, a chamada Fé. Bênção com que somos presenteados na condição de humanos, nunca a perderemos enquanto respirarmos é tão certa a sua existência como o bater do nosso coração. E é com esta luz quase apagada que renasceremos para restaurar todos os danos que causamos ao nosso templo durante o tempo que precisamos para acreditar que tudo aconteceu para mais uma vez termos a oportunidade de usarmos a força da criação.

Sem dúvida que nos vamos levantar e mediremos o tamanho da nossa força se esse novo renascer for feito sem muletas, sem ajuda externa só com a ajuda das nossas capacidades interiores. 

Só com o controle dos pensamentos e com a purificação do orgulho, da mentira, do apego, da raiva e muito mais fragilidades que escondem as lindas potencialidades que vivem sempre connosco como o Amor, a humildade, a entrega, a aceitação é que será possível não cair na tentação das fraquezas que nos levam à ilusão. 

Tudo foi criado por nós em alguma altura da nossa existência e só acreditando que é assim o processo de crescimento da Alma é que seguiremos na direcção da união com Deus, só na pura humildade e aceitação de que erramos porque estamos a aprender é que seremos dignos de voltar novamente a casa. Perfeitos, celestes, vazios na leveza da personificação.

Na verdade somos todos um só, todos trabalhamos para uma Essência única e por isso cada um de nós representa um pontinho dessa grande e majestosa manifestação que humanos que somos não conseguimos apalpar a verdadeira dimensão.

E Lá na Fonte inesgotável de Amor, Luz e Energia Divina tudo é meticulosamente ordenado e para nós Povo do planeta Terra é-nos enviada uma leve fragrância do sublime aroma do que se respira no "Paraíso", mas só os que estão despertos é que serão abençoados por tal "relíquia".

Sejamos Felizes e Leves....
Com Amor 

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Sopro de bolas de sabão...




No vasto Universo em que navegamos desde o sopro da Criação diverte-se agora a minha Alma com bolas de sabão. 

E neste contexto Humano em que no momento habito percorro o tempo ilusório adaptando-me à realidade não existencial.

Procuro a criança em mim que à uma eternidade que não a sinto, com vestes e mais vestes vou actuando sem recordar a leveza e a libertação de ser menina. 

As raízes de tristeza e sofrimento de outrora acompanham-me no único percurso real onde vou experenciando a dualidade.




Já não sabendo o que é ser feliz com os entretenimentos humanos limito-me a uma existência solitária em que o caminho só pode ser um, a união com o Todo. 

A compreensão do verdadeiro Amor, livre de qualquer tipo de apego, livre de qualquer pensamento mundano, livre das fraquezas próprias da nossa raça, chegarei sem corpo e sem teias... Das correntes me libertarei com a leveza do significado de quem somos e para onde vamos. 

O objectivo será alcançado e flutuarei na imensidão de lençóis vibracionais tão sublimes e celestes que habitam a eternidade.



O sexo dos Anjos


Sinto-me como uma pena saída das asas de um anjo...
Que leve me encontro…
Como se não houvesse um corpo… só uma Alma!
Que intensidade…
O corpo é poderoso quando serve como instrumento para envolver duas Almas.
Que momento delicioso…
E só agora começou!
E uma nova vivência se abre para mim!
Um novo Mundo para explorar… vivenciar… e Amar…

Enches-me de beijos
O tocar dos teus lábios na minha pele assemelha-se a uma pena macia de um cisne branco…
Beijos com tanta sabedoria… com tanta informação… com tanta emoção
Beijos penetrantes… escaldantes… alucinantes
Beijos que me fazem sonhar e voar
Beijos que me fazem recordar o que é Amar.

Tudo vale quando vivemos com o inimigo


Quando damos liberdade aos nossos pensamentos tudo vale!
Damos vida à doença… à dor… à incompreensão… às preocupações…
Em vez de valorizarmos a amizade… o Amor… a boa saúde… o facto de estarmos vivos!
Controlar a mente nem sempre é fácil, porque os pensamentos são seres vivos e quando os alimentamos negativamente eles ganham força e apoderam-se do nosso sistema.
Dominar os dragões que vivem no nosso interior é dar início a uma batalha, e como todas as batalhas esta também precisa de estratégia e sabedoria. Para a vencermos temos que combatê-la sem medo, coragem e acima de tudo muita Fé!

Acreditar sempre que Deus nunca nos abandonará, Ele é o nosso Pai!
Recordemos os reais e nobres valores que Ele nos concede todos os dias, o perdão… a partilha… a boa vontade… o respeito… a lealdade… a gratidão pela vida que temos… Estas são as armas com que temos que combater para sairmos vitoriosos!
Viver significa aprender e por isso nos é dado um cenário para contracenarmos com as provações e percebermos que tudo é uma ilusão, pois o resultado pretendido é expandirmos a nossa alma a elevados graus de compreensão para que a liberdade seja atingida! 

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Viver Enfrentando...


Todos os meses escrevo um artigo para http://milrazoes.blogs.sapo.pt/search?q=joana+pereira&Submit=OK, blog dirigido a pessoas que tentaram o suicídio. E um dos temas que mais me perturbou escrever foi o do mês de Maio, Luto.

Por momentos estremeci…
Como vou eu escrever sobre um assunto que lembra momentos de que todos nós fugimos… De que não queremos falar e muito menos atrair.
E assim andei uns dias...
A pensar por onde começar...
E após mais um workshop "S.O.U.L." a inspiração nasceu percebendo que o medo de enfrentar este fantasma interior deu lugar a uma grande oportunidade de me libertar e aceitar que o luto é real e deve ser ultrapassado com compreensão do que realmente é viver...

Luto, palavra criada pelo Homem para definir momentos pós-morte ou divórcio.
Não posso expor a minha experiência de um luto sofrido como a perda de um filho, pois todos os meus lutos foram de ordem natural, como a partida dos meus avós, mais fáceis de aceitar e ultrapassar... Mas sim posso falar sobre o divórcio, um tipo de luto doloroso, pelo menos foi essa a minha experiência. Inicialmente parece que vai ser fácil pois já não era mais possível viver em tais circunstâncias envolvidas em discussões cada vez mais penosas para todos os envolvidos, incluídas 2 crianças. E é tomada então a decisão de finalizar uma relação de 18 anos sem sabermos muito bem o que temos pela frente, pois no momento só queremos acabar com aquele “inferno”.

A primeira comunicação é feita aos filhos, primeiro confronto.
A segunda à família, acabam por sofrer mais que o casal. As perguntas do porquê instalam-se, É mesmo isso que querem? Não procuraram ajuda psicológica? E os meninos? Tu estás desempregada, como vai ser? E muitas mais surgem e começam as primeiras dúvidas depois da certeza. Será que estou a fazer bem? Deveríamos dar-nos outra oportunidade? Os meninos vão sofrer assim tanto?... E é aqui que a força tem que surgir, é aqui que temos que pensar por nós e não pelo que está formatado socialmente. Esta é a aprendizagem, irmos em frente com a nossa decisão quando temos o “mundo” contra nós, vermos, sentirmos por nós próprios que esta é a nossa experiência, que é assim que crescemos, enfrentando o que muitos não têm coragem para fazer.

O trabalho de desapego não é fácil, é doloroso, é sangrante, corrói, destrói. Vermos os nossos filhos a passarem férias com outra mulher, a viverem momentos em família sem a mãe por perto, a falarem de experiências novas que tiveram com o pai e a namorada e nós que sempre estivemos por perto, que assistimos ao primeiro sorriso, que lhes demos a primeira sopa, que ouvimos a primeira palavra, que protegemos os primeiros passos, que ditamos as primeiras cópias, que ajudamos a perceber quando se confrontam com o primeiro Amor, temos agora que partilhar as suas vidas com outra pessoa. No início o confronto é brutal, mas logo logo o nosso coração nos faz perceber que o importante é a felicidade deles, independentemente da minha presença constante nas suas vidas. E esta é a nossa grande ferramenta, o verdadeiro Amor! Abrir o coração e perceber que os filhos não são nossa propriedade, mas sim nossa responsabilidade em ajudá-los a crescer, longe de baixas emoções como o ciúme, raiva, apego... E desta forma o luto de um divórcio torna-se uma oportunidade de evolução e crescimento da nossa Alma e de todas as Almas envolvidas no processo... E com esta postura ensinamos a todos que é possível enfrentar o fantasma de que tantos fogem, pois as baixas emoções e os preconceitos da sociedade não nos permitem ser livres e muito menos viver.

Viver é igual a aprender, encontrar os mecanismos de compreensão para enfrentar o que nos está a fazer sofrer é a nossa força em acção.
Quando optamos por nos esconder atrás de ilusões, vivermos sempre na linha do conforto e não termos a coragem de ver o que está do lado de lá chama-se de cobardia.

Viver é estarmos disponíveis para o mais nobre trabalho, sempre ao serviço de Deus.
Assumiremos desta forma a oportunidade de viver com felicidade e paz em tudo que nos rodeia.

Sem início... Sem fim


A minha percepção relativamente ao tempo alterou.
Em vez de dias…
Vivo um único dia sem fim!
Em vez de horas…
Vivo sem controlo de tempo cronometrado!
Vivo tanto e tão intensamente que não há lugar a calendários nem a relógios.
É uma liberdade infinita sem início e sem fim.
Tudo dentro de um único tempo no mesmo pensamento.
Uma continuidade sem início e sem fim.